quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Em tempo...uns agradecimentos!



Antes que o ano acabe, gostaríamos de agradecer ao Instituto de Desenvolvimento Humano - IDH que, através da parceria construída este ano, ajudou a realizar o "Projeto Tornando Visíveis" nos meses de novembro e dezembro de 2010.

Agradecemos com carinho a equipe de profissionais que veio de Porto Alegre para desenvolver as oficinas, especialmente ao Gabriel, que foi presença constante nos encontros às quartas feiras e à Oriana, que imaginou isso tudo!

Encerramos este ano com o desejo e a expectativa de continuarmos este trabalho e de planejarmos outros tantos em 2011!

Valeu, mesmo!
Bom final de ano, a todos e todas!

Equipe CREAS SL

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

I Seminário Construindo o CREAS Restinga Extremo Sul/ Porto Alegre

Acontecerá dia 03 de dezembro de 2010 o I Seminário Construindo o CREAS Restinga Extremo Sul/ Porto Alegre. Mais informações pelo telefone 32506700.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Seminário Redes Socioassistenciais e Locais

Quem somos? O que fazemos?

Data: 23 de novembro
Horário: 8 às 17h
Local: Auditório da Sede Antiga da Unisinos


Objetivo: Desencadear um processo de integração e reflexão a partir do qual as redes socioassistenciais e locais possam se (re) conhecer, potencializando a transversalidade das políticas públicas.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Contorno de Invisíveis no cidadania.com

Em mais uma parceria com o cidadania.com, está disponível no blog o link para a publicação:

http://unisinos.br/blog/cidadania/files/2010/11/Contorno-de-Invisiveis_-População-de-Rua-CREAS_2010.pdf



Leia mais em: http://unisinos.br/blog/cidadania/2010/11/01/centro-de-referencia-especializada-em-assistencia-social-creas-sao-leopoldo-lanca-publicacao-sobre-moradores-de-rua/

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Estágio Curricular de Psicologia no CREAS

O CREAS SL está abrindo as inscrições para estágio de psicologia/2011. Abaixo, mais detalhes da proposta:

Apresentação: O Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS constitui-se numa unidade pública estatal de prestação de serviços especializados e continuados a indivíduos e famílias com seus direitos violados, envolvendo um conjunto de profissionais e processos de trabalho que ofertam apoio e acompanhamento individualizado especializado, sistemático e monitorado.

Público: O CREAS presta atendimento a indivíduos e famílias que tiveram seus direitos violados e/ou ameaçados, mas cujos vínculos familiares e comunitários não foram rompidos.

Funcionamento: O CREAS oferece atendimento psicossocial, conforme as características etárias dos/as usuários/as e a situação de risco vivenciada. Seus serviços funcionam de forma articulada entre si, bem como buscam articulação com os demais serviços da Proteção Social Básica e Especial, com as políticas públicas e outras instituições que compõem o sistema de garantia de direitos. Conforme Resolução do Conselho Nacional de Assistência Social n.º 109, de 11 de novembro de 2009, que aprova a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, oferece:

a) Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos - PAEFI;
b) Serviço Especializado em Abordagem Social - SEAS;
c) Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida - LA, e de Prestação de Serviços à Comunidade - PSC e
d) Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosos (as) e suas Famílias – PCDIF.

O Psicólogo no CREAS: está previsto pela Norma Operacional Básica de Recursos Humanos, compondo equipe multiprofissional com Assistentes Sociais, Educadores Sociais, Assessor Jurídico, entre outros. Suas atividades variam conforme o serviço no qual está inserido, mas sempre tem por objetivo uma abordagem psicossocial, como foco nas relações familiares. Trabalha-se com a lógica de clínica ampliada flexibilizando o setting de atendimento: as mais diversas situações (passeios, visitas domiciliares, grupos) poderão se constituir como dispositivos clínicos de escuta e intervenção. A supervisão é dada a partir do referencial da teoria sistêmica.

Período de inscrição: de 08/11/2010 a 15/11/2010.

Pré requisitos (disciplinas, conhecimentos prévios e outros): É desejável que o estagiário já tenha feito disciplinas sobre grupos, psicologia social / comunitária, psicodinâmica das famílias, clínica psicológica, psicologia do desenvolvimento (criança, adolescente, adulto), clínica ampliada. É indispensável que saiba / esteja disposto a trabalhar em equipe e que tenha interesse no trabalho com famílias.

Documentos exigidos: histórico escolar e memorial (escrever uma ou duas páginas sobre as memórias de infância / adolescência em família e grupos, inclusive de algumas vivências durante a formação em psicologia e relacionar às expectativas com relação ao estágio)

Data (s) da seleção: 17/11/2010 (entrevista coletiva) e 24/11/2010 (entrevista individual)

Informações sucintas sobre o processo seletivo: Envio de histórico e memorial por email (creas.sacis@saoleopoldo.rs.gov.br /com cópia para axmpsi@hotmail.com) de 08 à 15/11. A partir do email será feito contato para entrevista coletiva (se houver mais de 05 interessados) e/ou entrevista individual.

Data da publicação dos selecionados: 30/11/2010.

Telefone, fax e e-mail para informações: 35687710 / creas.sacis@saoleopoldo.rs.gov.br (com cópia para axmpsi@hotmail.com)

Psicólogo(s) responsável (is) e CRP: Alessandra Xavier Miron – CRP: 07/13678

Período de estágio: de 01/02/2011 a 31/07/2012

Número de Vagas: 04

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Blog Trabalhadores do SUAS

A partir da indicação do colega Humberto Ferreira Pinheiro, do CREAS de Natal-RN, estamos divulgando o link do blog "Trabalhadores do SUAS": http://trabalhadoresdosuas.blogspot.com/

Este blog destina-se a todos os profissionais do Suas que defendem salarios e melhores condições de trabalho. Esse blog também servirá para todos os profissionais reevidicarem a implantação de um Plano de Cargos para os profissionais do SUAS e de gratificações para os serviços desenvolvidos pelos profissionais.

Abraços,
Equipe CREAS SL

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

CREAS convida



O quê? Oficinas de expressão e debate sobre os olhares que cada segmento da sociedade detém sobre a situação de rua, a fim de mobilizar um questionamento da realidade.

Para quê? Para propiciar um espaço de reflexão e escuta para quem lida direta ou indiretamente com a temática da situação de rua, além de buscar novas estratégias de ação relativas a essa população.

A serviço de quê? Trazer a problemática da situação de rua para ser trabalhada a nível coletivo, buscando uma parceria interdisciplinar com a Rede socioassistencial.

Quando e Onde? Dia 3 de novembro, das 15 às 17h.
Local: Auditório do COL - Rua 1° de Março, 776

Novidades



Com muita satifação disponibilizamos o link da publicacao "Contorno de Invisiveis":

http://www.falarua.org/index.php?textos=yes#toplink

Este site (www.falarua.org) é o resultado da articulacao do Mov. Nac. da Populacao de Rua da ong Instituto Polis e do projeto do MDS/Unesco.
Forte Abraco,
Binô

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Obrigada!

Colegas

Passado um mês do seminário já foi possível fazer uma avaliação geral do encontro, principalmente a partir das fichas de que vocês preencheram. Agradecemos a colaboração de todos e todas através dos questionamentos, pontuações e proposições. O material servirá de base para planejarmos o seminário de 2011.

Nosso agradecimento especial aos CREAS de Novo Hamburgo, Gravataí e Alvorada, que compartilharam suas experiências e enriqueceram as nossas, bem como à Marília, Karine, Sônia e Maria Aparecida que se dipuseram a dialogar conosco naquela manhã.

Os textos das palestras já estão disponíveis em posts anteriores aqui no blog e o material produzido nos GTS estará em breve.

Abraços,
Equipe CREAS SL

VÍNCULO COMO POSSIBILIDADE DE INTERVENÇÃO



“aquele que cede mais pode superar aquele que é mais duro”
“que o que cede conquista o resistente e o suave conquista o duro é um fato conhecido por todos os homens, mas não utilizado por nenhum”. Lao Tzu



Introdução

Escolhi este pensamento para exercitar e me conectar com a temática que a mim foi instigada. Falar de vínculo, vínculos, ruptura, fortalecimento faz pensar sobre a minha visão de homem e mundo, minha cultura, relações, meus vínculos e meu aprendizado acadêmico, que muito me ajudou. Embora exista uma luta entre “teóricos e práticos” o que nos coloca na perspectiva da interação entre estes é “por na mesa” a nossa dificuldade e tentar construir uma nova forma de fazer, de entender e compreender as situações que se apresentam no dia a dia do trabalho.
Trabalhar vínculo como estratégia e-ou intervenção requer um desnudamento próprio, um reconhecimento do “não saber aonde vai dar”, reconhecer nossas diferenças e preconceitos para assim buscar a superação e conseguir aceitar o sujeito que se apresenta para nós, assim como ele é.
Nossa dificuldade parece estar vinculada as práticas e aos objetivos propostos pelas instituições, seja pública ou privada. Pois nos depararmos com pessoas, situações, contextos e rumos não pensados e de difícil aceitação por estas instituições.
Vínculo: Base do trabalho social, traz a idéia de acolher, liga, nexo, sentido, responsabilidade, compromisso, aceitar, receber, atender, dar ouvidos, aceitar e interação.
Vínculo na relação profissional: Constitui-se num grande desafio, uma vez que requer uma aproximação, abertura do profissional e da instituição em acolher o que se coloca como novo e diferente aos padrões usuais, a uma cultura estranha a nossa. Diante disto temos que nos perguntar: isso me incomoda? Por quê? Posso iniciar minha aproximação desenvolvendo tolerância, suporto isso? Quero incluí-lo no quê? Num perfil? Como entendo sua não adesão ao meu programa-projeto? É meu ou dele a necessidade de ser atendido?
Devemos alertar que muitas práticas nominadas de inclusão são situações de mascaramento de exclusão, então ficamos num lugar difícil para mediar isto.
Há uma discussão sobre o direito de se excluir... os outsider (os que estão do “outro lado” que não querem ingressar nesta cultura... seria bom lermos sobre as teses da exclusão). Precisamos nos incomodar, nos estranhar.
O trabalho pelo vínculo não garante o sucesso do profissional ou do projeto, mas constrói junto com o sujeito uma escuta, outras possibilidades, um respeito, uma aceitação que poderá ter rebatimento em outras esferas de sua vida, não talvez naquele objetivo idealizado, por exemplo, parar de usar droga, sair da rua...
A própria maneira que olhamos e identificamos as pessoas que acessam a assistência social já nos distancia. Exemplo, ao chamarmos grupos de pessoas vulneráveis, de risco, quem quer ser visto e reconhecido deste jeito? Lembrado desta forma? Esquecemos das subjetividades, cada um vive sua sexualidade, raça, gênero, violência doméstica, etc, de um jeito, não é manual e regra geral. Não desconheço e nem minimizo determinadas gravidades, principalmente quanto a violência. O que quero dizer é que ao categorizarmos as pessoas, ao enclausurá-las em determinantes científicos ou religiosos, estamos colocando a pessoa numa condição estática, que não consegue sair da categoria criada por nós, exemplo, ninguém é a abusada sexualmente, e sim a pessoa que sofreu um abuso, ela não se encerra em e no abuso sexual.
As pessoas, que venho atendendo, trazem isto de maneira incomodada, verbalizam que são sempre perguntadas, por ex, sobre o abuso, “ficam em cima disto”, quando outras questões da vida estão em maior grau de gravidade. Mas, aí, nós técnicos, tratamos de interpretar que a pessoa nega, que não consegue falar sobre (já se cria uma categoria psiquiátrica ou psicológica), que ela irá repetir os abusos e aí queremos que participem de grupo para vítimas de abuso, criamos programas específicos, o prefeito vai lá e inaugura o programa a casa para vítimas de..., e sua vida fica publicizada, sem autorização.
Nesta área é possível perceber que, no caso de crianças e adolescentes, eles manifestam através do vínculo, confiança, que querem mesmo é ser criança e adolescente, brincar e realizar aquilo que é próprio da sua idade. Não estou aqui descartando a necessidade de atendimentos especializados, mas desvelando uma realidade institucional, pois a tendência é ocupar de atendimentos essas pessoas, quando muito querem apenas tocar a vida e serem eles mesmos.
Postura dos educadores: observo que a prática dos educadores, trabalhadores da assistência social ainda é de avaliar e julgar os acontecimentos da vida alheia. Vejo relatos de equipes acerca de situações de família que são fenômenos universais, com dificuldades, que necessitam de apoio, porém tudo se superdimensiona indo para patamares de agravamento-risco, intervindo e acabando esfacelando grupos familiares. Avalia-se o vínculo dos outros com muita facilidade, brinco (provoco) no meu trabalho perguntando para colegas quem tem o “medidor de vínculo”.
Todos temos vínculos, ninguém é destituído do afeto, destitui-se juridicamente mas não na vida real.
Vínculo é um inter-jogo (Pichon), não existe vínculo único, só bom, só mau. O vínculo se dá de diferentes maneiras, pode se ter um vínculo “normal” com algumas pessoas e paranóico com outras, por exemplo.
A criança e adolescente em acolhimento institucional reconhecem esta situação, eles sabem com quem podem falar sobre determinadas coisas, aí os profissionais disputam quem tem melhor vínculo com tal criança, o educador se coloca como o que sabe mais da criança, um desperdício de disputa. Nós também estabelecemos vínculos diferentes com várias pessoas. Lembrar que “eles” os outsider, são iguais a nós, são pessoas, sujeitos.
Vínculo familiar e comunitário: Estes vínculos existem sempre, o que atrapalha é a forma que se interpreta. Muitas vezes estes vínculos acabam se perdendo por vários motivos, um dos principais tem a ver com a gente e com o que venho escrevendo. Analisamos, categorizamos, construímos perfis, programas excludentes e acabamos fragilizando, impondo o afastamento físico, que contribuem para a efetivação do “abandono” (estudos sobre a FEBEM mostram isto).
Categorias usadas por nós e perigosas: negligência (esta é um saco de gatos, chamo esta de situação irregular no tempo do Código de menores), abandono, vulnerabilidade, vínculos frágeis, família desestruturada, desorganizada (as famílias sabem no que elas devem se organizar? É dito quais critérios-itens da organização? Faz sentido para elas?).
Sugiro para estas questões a construção de indicadores para se tentar chegar a determinados diagnósticos.
Porém, profissionalmente venho tentando praticar e incitar colegas a refletir, que as categorias criadas por nós não devem impedir ou encerrar o trabalho (vínculos, cidadania, etc) elas servem apenas para ajudar para, à partir disto, (tipo mãe negligente) tomar como ponto de partida e não como fim. Está dada a situação e temos que intervir, escutar, acolher, ponderar e concretizar a ajuda. Vejo colegas tomando o diagnóstico como intransponível, ele nada mais é que matéria e natureza do nosso trabalho.
Entendi ao longo da minha trajetória que as famílias são mais competentes do que se apresentam a nós e mesmo no caos existe aspectos positivos e de saúde a ser mantidos e ampliados. Este é o eixo do meu trabalho. Procuro ver junto com as pessoas envolvidas no processo o que é possível retomar nas relações, até aonde os familiares conseguem ir, como é a família de cada um, que tipo de convivência é possível manter.
Percebo que o tensionamento ocorre devido aos nossos modelos internalizados, construídos acerca da maternagem e paternagem (isto é esquecido nos debates) pensar a família possível e não a ideal. Soma-se ainda que nos locais de trabalho todo mundo tem um palpite e diagnóstico acerca destes grupos. Na maioria das vezes estas pessoas querem apoio e não sair do comando de sua família.
Experiência de ruptura de vínculo familiar, caso RM (trabalhar a ruptura, não culpabilizar a mãe e familiares, desconstituir a tarja do abandono), da maltratante.
Experiências de manutenção do vínculo familiar DT e RV (enfrentamento com equipes técnicas, divergências de pareceres, construção do argumento).

DIREITOS DOS PAIS DE TEREM SEUS FILHOS

Dificuldades a serem superadas:

- rivalização com as famílias,
- culpabilização das famílias,
- educadores querem tomar o lugar dos pais,
- visão aburguesada acerca dos fenômenos
- romper com a política do encaminhamento;
-práticas dos programas contribuem na ruptura dos vínculos familiares e comunitários.



Pensar e executar práticas de:

- inserção nas famílias, in loco (ex)
- visão multidisciplinar;
- discussão-rediscussão do caso sistematicamente;
- inserir as pessoas no processo, no plano;
- utilizar o MP para denúncias-providências de práticas de violação, não só das famílias, mas de instituições;
- rede (co-responsabilidade de todos agentes envolvidos)
- intersetorialidade de políticas, criação de espaços de convivência comunitária, esporte, Justiça Restaurativa.
- desinstitucionalização das questões sociais, evitar acolhimentos institucionais;
- respeito, empatia, aceitação, se colocar no lugar do outro, acolhimento e vínculos.
- trabalhos de prevenção-informação em relação a abusos, violências, raça-etnia e gênero.
- centralidade da família.

Marília F. Fischer Menezes
Assistente social
CRESS 3512


BIBLIOGRAFIA

ROSENBERG, Marshall B. Comunicação não-violenta. Agora, 2003.
COSTA, Antônio Carlos da. Por uma pedagogia da presença. Ministério da Ação Social. 1991.
MENEZES, Marília Filgueras Fischer. Abrigos de Proteção ou de exclusão. Um estudo sobre os critérios de elegibilidade de crianças e adolescentes nos abrigos de proteção de Porto Alegre. Dissertação de mestrado. UNISINOS. 2002.
RIZZINI, Irene (coord.). Acolhendo Crianças e Adolescentes. Cortez. 2006.
BERGMAN, Joel S. Bergman. Pescando Barracudas. A Pragmática da Terapia Sistêmica Breve. Artes Médicas. 1985.
XIBERRAS, Martine. Teorias da Exclusão.

Direitos humanos: o laço possível entre vínculo e a intervenção


Este texto é fruto de muitas conversas, de muitas leituras e muitas experiências com vários interlocutores e por isso a produção passa pela interdisciplinaridade, mas muito especialmente com as discussões da prática no IAJ com campo de atuação nos direitos humanos, destinando sua intervenção direta à garantia destes, para as pessoas presas e/ou em medida de internação, vulneráveis social e economicamente e que estejam sendo processadas, por meio de metodologia interdisciplinar reunindo profissionais do direito, da psicologia e do serviço social. É deste caminho tramado por várias relações, situações e vínculos, assim como por vários lugares que foram produzidos os pensamentos e as reflexões enunciando esta fala, num diálogo mais direto entre os direitos humanos a partir do paradigma da dignidade humana, princípio constitucional que norteia o Estado Democrático de Direito.
Nós, profissionais, temos uma prática efetivamente protetora de garantia dos direitos humanos que se sustenta no vínculo com o beneficiário?

À proposta deste debate envolvendo o serviço social, a psicologia e a educação social, proponho ainda a aproximação do direito e de todas estas disciplinas com os direitos humanos, atendendo a dimensão ética e política, trazendo um olhar sobre a singularidade na questão da produção da subjetividade da população vulnerável, tendo presente a clássica expressão de Hanna Arendt, que todo e qualquer sujeito de direitos tem direito a ter direitos.

O intuito é dar visibilidade na urgência e na importância da dignidade do beneficiário de serviços prestados por profissionais destas disciplinas, apresentando uma prática tomada pelo viés da política dos direitos humanos, da interdisciplinaridade e dos vínculos.

Falando em direitos humanos, vale lembrar que a proteção dos direitos humanos foi se constituindo internacionalmente, sustentando o novo paradigma da dignidade humana que obriga revisão de conceitos, práticas e normas. É a positivação dos direitos humanos, sustentação para a corrente que adota a concepção positivista.

No Brasil a garantia dos direitos humanos foi consolidada pela Constituição Federal de 1988, representando o novo paradigma pela mudança substancial e formal de sistemas e instituições. Nesta perspectiva a proteção e garantia dos direitos passa a ser um princípio constitucional. Traz o avanço de uma carta de direitos, dando potencialidade ao princípio da dignidade da pessoa humana (Barroso, 2003 e Piovesan, 2004). Tanto que relaciona direitos fundamentais como resultado da positivação constitucional dos direitos humanos e que não se confundem com outros direitos assegurados ou protegidos. Assim como, abriga princípios que passam a dar uma nova dimensão ao constitucionalismo nacional. Resgata valores juridicos suprapositivos, reaproxima a ética e o direito e destaca idéias de justiça e de realização dos direitos fundamentais (Barroso, 2003 e Piovesan, 2004). Esta novidade, já com mais de 20 anos, serve de guia na interpretação da Constituição Federal.
A concepção de direitos humanos que orienta tanto a nossa caminhada quanto às práticas do IAJ “radica na busca de realização de condições para que a dignidade humana seja efetiva na vida de cada pessoa, ao tempo em que é reconhecida como valor universal”(Carbonari, 2008, p.36).

É o reconhecimento e a incorporação dos direitos humanos também na ordem social e política da nação, resultado de um processo histórico e avanços institucionais com resultados e repercussão em conquistas do exercício de cidadania, de reconhecimento de direitos. Bobbio (1992,p.18) explicita este movimento, dizendo que: ”o elenco dos direitos do homem se modificou, e continua a se modificar, com a mudança das condições históricas, ou seja, dos carecimentos e dos interesses, das classes no poder, dos meios disponíveis para a realização dos mesmos, das transformações técnicas, etc”.

Este também é o entendimento de Hannah Arendt (1979), quando diz que os direitos humanos são construídos no processo histórico. Esta noção de direitos humanos que implica direitos de cidadania, sujeitos de direitos, exige ampliação com espaços de participação direta destes sujeitos voltados ao encaminhamento, à transformação e à construção de políticas públicas em busca de emancipação.

A lógica desta ampliação de espaços emancipatórios é a intersubjetividade, um contexto de relações, tendo como alicerce a alteridade, sustentando a diversidade e a pluralidade (Carbonari,2008).

Para proporcionar que os direitos humanos se transformem na questão mais importante e central na vida cotidiana, reforçando seu caráter emancipatório com possibilidades de se concretizar através de políticas efetivas, os vínculos são imprescindíveis, tanto como estratégia de intervenção, quanto como ferramenta para ampliar a proteção e a garantia de direitos para o coletivo. E assim, os profissionais podem fazer dos direitos humanos, instrumento de proteção da pessoa, acima de quaisquer interesses ou instituições, usando o vínculo como possibilidade de intervenção.

Seguindo nesta linha de pensamento, como já ficou dito, é preciso destacar que a promoção dos direitos humanos exige a presença do outro e o compromisso com o diferente. Como diz Hannah Arendt (1993,p.188) “a pluralidade humana, condição básica da ação e do discurso, tem o duplo aspecto de igualdade e diferença”. Também Boaventura de Sousa Santos (2003,p.458) destaca, dando ênfase a singularidade e a diferença, que “temos o direito a ser iguais quando nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito a ser diferentes quando nossa igualdade nos descaracteriza. Daí a necessidade de uma igualdade que reconheça as diferenças e de uma diferença que não produza, alimente ou reproduza as desigualdades”.

Para um bom começo, a singularidade e a diferença necessitam estar conjugadas com a institucionalidade, porque os direitos humanos são constituídos fora das institucionalidades, nascem das práticas sociais. É aí que se faz necessário cuidado no campo de forças que vai atuar sobre o próprio sujeito.

Neste campo atuam três dimensões, o sujeito, o grupo e a instituição ou sociedade. Estas dimensões vão se integrando a partir das relações interpessoais, múltiplas, de forma que “cada indivíduo se relaciona com outro ou outros, criando uma estrutura particular a cada caso e a cada momento, que chamamos vínculo.”(Pichon-Rivière.1998,p.3).

Ao priorizar vínculos, singularidades e diferenças no processo social, é fundamental a ampliação da participação. Este movimento vai contrastar com a aplicação da burocracia. Quanto mais amplia a participação mais amplia os fluxos institucionais. Este movimento precisa equacionar o fluxo para que não seja inibida a participação.
Coloco como termômetro destes fluxos institucionais, o compromisso com a realização efetiva da dignidade de cada sujeito. Lembro que “as práticas sociais podem chegar a engendrar domínios de saber que não somente fazem aparecer novos objetos, novos conceitos, novas técnicas, mas também fazem nascer formas realmente novas de sujeitos e de sujeitos de conhecimento” (Foucault,1999,p.8).

Os fluxos institucionais se relacionam com os serviços, que só existem com pessoas e com diretrizes. Nós profissionais, impregnados em efetivar direitos humanos, não devemos deixar de interrogar, num debate interdisciplinar, ao lado dos assistentes sociais, operadores de direito, psicólogos, educadores sociais e todos os outros, em que medida o vínculo possibilita a nossa intervenção intensificando a relação emancipatória, com o correlato sentimento de empoderamento do nosso personagem, o sujeito de direitos.

Do profissional que vai lidar com este ser humano é imprescindível uma mentalidade e uma atitude multi, inter e transdisciplinar, transversalizada pela dignidade humana, construída para o paradigma dos Direitos Humanos – ter novos olhos para outras áreas do conhecimento.

A interdisciplinaridade oferece uma alternativa de integração pessoal, com a eliminação de dicotomias que nos acostumamos a estabelecer, redefinindo o eu e as nossas relações com o outro, para dar início a um novo relacionamento com o diferente, com os outros e a natureza. O projeto interdisciplinar só o é se coletivamente compartilhado. O fio condutor deste coletivo é a interlocução, a partir de uma modalidade de relacionamento dialógico, com a criação de um espaço partilhado pelos interlocutores com um ouvindo os outros e sendo ouvido pelos outros. É um projeto com gestão coletiva, porque resulta de uma parceria entre todos os profissionais de diversas áreas, especialmente da educação social, do direito, da psicologia e do serviço social, disciplinas abertas ao novo paradigma epistemológico e, portanto com fôlego para possibilitar a construção e a convivência humana em sociedade, priorizando a sobrevivência com dignidade, a marca do exercício dos direitos humanos por meio do acesso a serviços e de apoio social.

Uma prática interdisciplinar e o trabalho com direitos humanos exigem vínculos profissionais e trabalho em equipe. Nestes casos, o vínculo é uma questão constante da agenda para ser debatida pela equipe: tanto os vínculos da interdisciplinaridade quanto os vínculos da equipe com beneficiários.

Atuar no acolhimento da população em risco pessoal e social potencializando o campo dos Direitos Humanos, é trabalhar com vínculos, como o investimento que faz a diferença na prática profissional.

Garantir direitos na proteção básica, na proteção especial de alta complexidade e nas questões de média complexidade, exige uma prática interdisciplinar e o vínculo como fio condutor que liga qualquer atuação profissional com o outro e com o mundo, à medida que o profissional vai operar como uma estrutura dinâmica em contínuo movimento, envolvendo profissional e beneficiário, numa interação interna e externa que promove determinada conduta ( Pichon-Rivière, 1998).

Essa prática também está relacionada com a confiança, na medida em que há um compromisso de atender expectativas de um lado e uma demonstração prática de que somos dignos de confiança, de outro lado. Não podemos ignorar que o contexto que envolve o beneficiário em risco pessoal e social, estimula a desconfiança e o isolamento em detrimento da inclusão social e da garantia de direitos.

Serão necessários vínculos agregadores que favoreçam o desenvolvimento do cuidado aos beneficiários, insistindo numa prática dinâmica levando em consideração as relações dos sujeitos no tempo e nos espaços, indo além das institucionalidades disponíveis.

Vale lembrar um exemplo, como de um conflito no trabalho envolvendo institucionalidades diversas, referente à solicitação de estudo social para profissionais do serviço social, educação social e/ou psicologia de outra institucionalidade, trabalhando junto às famílias a partir da construção de vínculo, da confiança estabelecida entre eles, importando em questão de sigilo, inclusive para manutenção deste vínculo e do próprio sucesso do trabalho desenvolvido na família e/ou comunidade. Desse conflito é possível ocorrer quebra de confiança, até com o rompimento deste vínculo, ocasionando um distanciamento entre os envolvidos, com prejuízo pessoal e profissional.

Pelos argumentos da interdisciplinaridade com o foco em direitos humanos e com racionalidade prática é possível pensar que o/a profissional solicitado seja poupado da quebra de confiança e possível rompimento do vínculo, e que todos os profissionais de instituições diversas, com atribuição para o estudo social, se reúnam em torno de um vínculo profissional para agregar/trocar conhecimentos e para manutenção dos canais/vínculos de serviços aos beneficiários funcionando com a necessária confiança e respeito às questões sigilosas.

O beneficiário tem o direito de ter respeitados os vínculos e o sigilo, que é mais que o direito a ter acesso aos serviços. Na base desta prática está a preservação e a promoção da dignidade, compromisso de todos nós.

Não devemos esquecer da temática vínculos e tempo. O vínculo exige tempo para ser constituído e construído. Quando falamos em vínculo estamos tratando de pessoas, tanto pessoas profissionais quanto pessoas beneficiárias. A substituição de pessoas atrapalha, precariza o trabalho que está sendo feito com as famílias e com a comunidade, com base nos vínculos. A desconsideração dos vínculos tem um custo pessoal e financeiro. Pessoal, porque o trabalho sofreu descontinuidade com rompimento do vínculo. Financeiro, porque o profissional vai ser remunerado para repetir o trabalho, para (re)começar. Criar e manter vínculos é custoso financeiramente, psicologicamente e em termos de tempo.

Podemos pensar que todo o trabalho está contido em relatórios, devidamente documentado. Mas não podemos esquecer que vínculo não se faz com papel, mas com relações interpessoais, interdisciplinares, intersetoriais. Precisamos ficar atentos na resposta da questão inicial.

Palavras finais

Refletir sobre o fazer interdisciplinar aliado à cultura dos direitos humanos faz parte da temática do vínculo como possibilidade de intervenção. É uma experiência que a sociedade precisa ver posta em prática. É atual. É um fazer que viabiliza estratégias de trabalho para o enfrentamento dos desafios contemporâneos, operacionalizando nossas práticas a partir de marcos ético-filosóficos dos direitos humanos e dos marcos normativos nacionais e internacionais, especialmente referenciados na dignidade humana dos sujeitos de direitos. É preciso acabar com a idéia de que os direitos humanos se restringem ao Direito. Precisamos pensar que além das normas jurídicas, há também os conceitos, que são estes marcos éticos-filosóficos, responsabilidade de todos nós.

O engajamento na efetivação dos direitos humanos daquele profissional instrumentalizado pela proposta interdisciplinar de saber e fazer, terá o sujeito e a dignidade como prioridade absoluta. Seu foco de trabalho está voltado pela definição de políticas públicas, envolvendo ações, intervenções, rede - articulações de saberes e fazeres – e, com certeza, o vinculo como possibilidade de intervenção, combatendo a discriminação, o desrespeito, a violação de direitos individuais ou coletivos.

A importância desta discussão reside no fato de compreender o sujeito a partir das práticas de políticas públicas, de como este sujeito se sujeita à determinada prática e mantém garantidos seus direitos, sua dignidade, tornando-se, prioritariamente, sujeito desta prática e não objeto dela.

Sonia Biehler da Rosa



1 IAJ – Instituto de Acesso à Justiça, OSCIP fundada em 2002, com atuação em POA/RS.

2 Mobilização de diversas políticas sociais em defesa dos direitos das pessoas beneficiárias dos serviços.

3 Nós, profissionais, temos uma prática efetivamente protetora de garantia dos direitos humanos que se sustenta no vínculo com o beneficiário?


Referências bibliográficas
Arendt, Hannah, As origens do totalitarismo. Rio de janeiro: Documentário. 1979.
Arendt, Hannah, A condição humana; tradução de Roberto Raposo; posfácio de Celso Lafer. – 6a edição – Rio de Janeiro: Forense Universitária. 1993.
Barroso, Luís Roberto. Interpretação e aplicação da Constituição: fundamentos de uma dogmática constitucional transformadora. SP: Saraiva, 2003.
Brasil. Constituição Federal. SP: Saraiva. 21ª edição, 1999.
Bobbio, Norberto. A era dos direitos. Rio de janeiro: Campus. 1992.
Carbonari, Paulo César. Direitos Humanos: sugestões pedagógicas. Passo Fundo: Instituto Superior de Filosofia Berthier, 2008.
Foucault, Michel. A verdade e as formas jurídicas, (tradução Roberto Cabral de Melo Machado e Eduardo Jardim Morais, supervisão final do texto Léa Porto de Abreu Novaes...et al. Rio de Janeiro: Nau Editora.1999.
Pichon-Rivière, Enrique. Teoria do vínculo. 6ª. Edição. São Paulo: Martins Fontes,1998.
Piovesan, Flávia. Direitos humanos, o princípio da dignidade humana e a Constituição brasileira de 1988. In: Revista do Instituto de Hermenêutica Jurídica vol. 1, n.2. Porto Alegre: Instituto de Hermenêutica Jurídica, p. 79-100. 2004.
Santos, Boaventura de Sousa. Reconhecer para libertar: os caminhos do cosmopolismo multicultural. V. III: Reinventar a Emancipação Social: para novos manifestos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, p.458.

Vinculação no trabalho do educador social


A educação social é um tema relativamente recente no Brasil. No entanto, a temática social carrega consigo uma rica história de lutas sociais, oficializada pelo trabalho da igreja católica e dos movimentos sociais.

Neste caminho, a figura do educador social foi se concretizando enquanto profissional da área atuando junto a diferentes públicos – crianças, adolescentes, jovens, adultos e, mais recentemente, idosos. Quando refiro profissional estou querendo assinalar que um “novo” campo de trabalho se configura, na medida em que certos critérios de exigência definem o perfil de quem vai ocupar este lugar.

A magnitude e a complexidade dos problemas sociais permitem o entrelaçamento de saberes múltiplos, enriquecendo a ação pedagógica. Assim, equipes multidisciplinares concebidas por pedagogos, psicólogos, assistentes sociais, sociólogos e outros, podem contar com o trabalho do educador social, como mais um técnico da educação social.

A política da Educação Social aparece como sendo a reflexão que orienta a intervenção socioeducativa com um conjunto de programas, de atividades ou de ações que, pelo aparato educativo, intervêm para a transformação do contexto social. Mais do que uma definição teórica e conceitual, a configuração do campo de trabalho do educador social precisa ser pragmática, isto é, responder aos desafios colocados pela dinâmica da própria sociedade e das transformações sociais, assim como preencher lacunas e ocupar espaços criados, tanto pela sociedade civil organizada, quanto pelo desenho das políticas públicas e sociais.

Há ainda, a necessidade de um estatuto que legitime a profissão educador social enquanto categoria profissional, em tramite no Congresso, mas o certo é que há um trabalho sendo desenvolvido e para isso alguns aportes são necessários para dar respostas aos desafios da prática de forma mais emergente.

Assim, o seminário proposto com o tema Vínculos como possibilidade de Intervenção, constitui-se em espaço oportuno para tal discussão. O tema proposto pelo seminário suscita a reflexão sobre uma questão muito pertinente ao trabalho do educador social – a presença. Presença no aspecto de ser e estar presente na relação educativa, no vínculo e na atuação profissional e técnica. Termo desenvolvido pelo educador Antônio Carlos Gomes da Costa (1999), que pretende ser aporte teórico-prático da ação socioeducativa. Segundo Costa (1999) :

(...) sem presença educativa, o jovem não se sente compreendido e aceito, e, se isto não ocorre, ele se torna incapaz de compreender e aceitar a si mesmo, inviabilizando qualquer tentativa de levá-lo a aceitar e compreender as demais pessoas (p. 15).
O educador social esta na base do processo. É pelas mãos do educador que a intervenção socioeducativa acontece. A intervenção social é definida por alguns autores como uma ação organizada e intencional. Esta intervenção deve ser impregnada de sentido.

Toda ação educativa prevê inicialmente a vinculação como necessidade básica da consolidação dos laços entre educadores e educandos. Não há neutralidade na intervenção socioeducativa, por mais pontual que seja há sempre o estabelecimento de algum vínculo; seja pelo olhar, pelo toque no ombro, pelo empréstimo do ouvido ou mesmo pela palavra de conforto. A intervenção socioeducativa possibilita identificar, construir e reconstruir laços de significação com o educando. Para isso o educador precisa desenvolver uma análise social adequada às ações de intervenção socioeducativa, em qualquer contexto de atuação profissional, promovendo valores vinculados à cidadania e aos direito humanos.

Para isso refiro a presença como conceito central de toda e qualquer intervenção e que confirma seu sentido quando nos colocamos a refletir sobre o vínculo como possibilidade de intervenção.
O trabalho educativo é uma fonte inesgotável de aprendizagem e o educador social precisa ter em mente que ele atua no fim de uma corrente de omissões e negações.
A capacidade de fazer-se presente, de forma construtiva, na realidade do educando não é segundo Costa (1999):

(...) como muitos preferem pensar – um dom, uma característica pessoal intransferível de certos indivíduos. Ao contrário, é uma aptidão possível de ser aprendida, desde que haja, da parte de quem se propõe a aprender, uma disposição interior (abertura, sensibilidade, compromisso). Essa aprendizagem requer a implicação inteira do educador no ato de educar.

No entanto, há que se considerar a dialética proximidade-distanciamento. Por proximidade podemos entender como o movimento realizado pelo educador acerca do universo do educando, procurando identificar-se com a sua problemática, de forma calorosa, empática e significativa, buscando uma relação realmente de qualidade. Por distanciamento, entendemos o afastamento do educador no plano da crítica, buscando, a partir do ponto de vista da totalidade do processo, perceber o modo como seus atos se encadeiam na concatenação dos acontecimentos que configuram o desenrolar da ação educativa.

Na prática, as manifestações inquietantes do educando - impulsos agressivos, revoltas, inibições, intolerância a qualquer tipo de norma, apatia, alheamento e indiferença -, podem indicar outros aspectos que aqueles perceptíveis no primeiro instante da ação. Deve o educador se situar num ângulo que permita ver, além dos aspectos negativos, o pedido de auxilio de alguém que, de forma confusa, procura atenção, conforto e perspectiva.

Desse modo, o papel do educador no processo de vinculação com o educando é fundamental. Fazer-se presença construtiva na vida do educando é a primeira tarefa de um educador que aspire assumir um papel realmente emancipador no processo educativo, resgatando o que há de positivo no sujeito. Lembrando que ser educador social implica numa escolha de si mesmo, enquanto homem e enquanto cidadão.

Karine Santos
Educadora Social

1 .COSTA, Antônio Carlos Gomes da. A Presença da Pedagogia: Teoria e prática da ação socioeducativa. São Paulo: Global, 1999.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

São Leopoldo lança publicação sobre moradores de rua



sexta-feira, 17 de setembro de 201015:50
Lucas Brito

Trabalhadores dos Centros de Referências participam do evento
No dia 17 de setembro, centenas de pessoas que trabalham em Centros de Referências Especializados em Assistência Social do Estado lotaram o auditório da antiga sede da Unisinos, em São Leopoldo. Na ocasião foi lançada a publicação Contorno de Invisíveis, com o resultado da pesquisa realizada com 102 adultos que estão em situação de moradores de rua, com a presença do prefeito Ary José Vanazzi e do secretario da Sacis, André Muskoff.

Na capa da publicação, uma foto do pintor Luis Brasil, em homenagem a sua contribuição histórica e social para o município. "Conheci o Brasil em 1983. Uma figura que pode nos ajudar a responder alguns motivos pelos quais as pessoas moram nas ruas, assim como ele morou", relatou Vanazzi, elogiando a escolha do artista como capa. O prefeito destacou ainda a importância da visão que a cidade tem sobre a vida das pessoas. "É difícil encontrar nas ruas de São Leopoldo crianças pedindo esmola. Tenho certeza que isso é resultado das políticas públicas como a de distribuição de renda, políticas transversais que foram desenvolvidas nos últimos dez anos". Vanazzi relata que as políticas sociais foram transformadas em leis nacionais, após a reformulação da Constituição Federal de 1988, como a política de Estratégia da Família.

A atividade ocorreu durante o 2º Seminário do CREAS de São Leopoldo, que teve como tema "Vínculos como possibilidade de intervenção". Com o propósito de dialogar com as áreas de psicologia, educação social, direito e serviço social; além de troca de experiências com outros CREAS do Estado e demais serviços da Secretaria Municipal de Assistência, Cidadania e Inclusão Social - SACIS. O encontro finalizou com um debate visando troca de experiências, com os representantes das cidades de Gravataí, Alvorada e Novo Hamburgo, que coordenaram os grupos de discussão. "Trabalhamos com os vínculos que estabelecemos com pessoas que precisam de orientação. O seminário melhora o nosso olhar de compreensão das necessidades da população", afirma a recepcionista do Cras Norte, Arlete Rodrigues da Silva.

Alessandra Miron, responsável pelo Creas de São Leopoldo, coordenou a pesquisa, que teve duração de um ano, juntamente com mais quatro pessoas. O resultado foi publicado em 40 páginas, em formato de revista. O material é fruto da pesquisa realizada pela equipe do Serviço Especializado de Abordagem Social, um dos quatro serviços de média complexidade executados pelo CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social). A coleta dos dados teve duração de um ano Para ter acesso ao resultado da pesquisa, as informações podem ser encontradas em PDF, no blog www.creasdpsesacis.blogspot.com; ou impressa através do contato 3568-7710 das 10h às 17 horas (Rua São Joaquim, 600, Centro - São Leopoldo)

Pesquisa - Segundo o levantamento a ser apresentado, o perfil da população em situação de rua é o seguinte: 69% são jovens entre 18-29 anos, 43% na faixa de 18-24 anos; 54% autodeclaram-se brancos, 42% pardos ou negros e 4% indígenas; 39% nativos da região metropolitana de Porto Alegre e 22% nativos de São Leopoldo. Destes, 50% vivem há mais de 20 anos em São Leopoldo; 88% são homens; 41% vivem em situação de rua de 2 a 10 anos; 71% tem ensino fundamental incompleto; 10% declararam-se analfabetos.

Quanto à ocupação, a pesquisa mostra que 47% são guardadores de carros e 22% catadores e recicladores de materiais. Sobre a profissão, 35% são profissionais da construção civil e 20% profissionais da indústria. No item uso de drogas, 74% responderam que usam diariamente cigarro, 31% crack, 23% álcool e 13% maconha.

Fonte:https://www.saoleopoldo.rs.gov.br/home/show_page.asp?id_SHOW_noticia=7759&user=&id_CONTEUDO=&codID_CAT=2&imgCAT=tema_prefeitura.jpg&categoria=Notícias

Cerca de 59% das pessoas em situação de rua são jovens - Estudo da Sacis entrevistou 102 pessoas na cidade e será apresentado nesta sexta.

São Leopoldo | sexta-feira, 17 de setembro de 2010 - 07h45

Cerca de 59% das pessoas em situação de rua são jovens

Estudo da Sacis entrevistou 102 pessoas na cidade e será apresentado nesta sexta.

Sônia Bettinelli e Aline Marques/ Da Redação


São Leopoldo - A maioria dos 102 adultos que vive em situação de rua em São Leopoldo é jovem com até 29 anos, o que representa 59% do total. A faixa etária é duas vezes maior que os 19,7% dos adultos moradores de rua de Porto Alegre e também maior que a estatística nacional, que aponta 16,2% de jovens adultos em situação de rua. Os dados estão no estudo Contorno de Invisíveis, que será apresentado hoje pela equipe do Serviço Especializado em Abordagem Social, durante seminário da Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência e Inclusão Social (Sacis).

Trata-se do primeiro estudo, em São Leopoldo, para identificar a camada da população que está fora das estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O objetivo do estudo, de acordo com o titular da Sacis, André Musskopf, é conhecer a realidade, as pessoas e a partir disso elaborar políticas públicas para inclusão e recuperação.

‘‘Tem muito preconceito e muitas ideias equivocadas sobre essa população. A entrevista é fundamental para podermos fazer a intervenção e saber o que oferecer para eles’’, explica o secretário André Musskopf.

‘‘Quero minha vida de volta’’

A respiração ofegante, a tosse e a dor nos pulmões acompanham um jovem de 23 anos - que há três vive nas ruas de São Leopoldo. Mas ele tem um sonho: voltar à vida que tinha antes. ‘‘Estudei até a 6ª série, quero estudar, trabalhar e ter onde descansar. A pior coisa que fiz comigo foi experimentar as drogas. Em casa não me querem mais’’, disse revelando a saudade da família, principalmente da mãe. Para viver cuida de carros e recebe ajuda de algumas pessoas. A vida na rua é difícil, conta. Dorme em um banco de concreto e os poucos pertences que têm servem de travesseiro e coberta. Quando chove vai para a marquise do trem. ‘’Tá difícil ficar aqui, tenho muita dor e me sinto sozinho, na rua não existe amizade, amigo é só a família’’, fala. Alex diz que se sente cansado e que tem aparência de 50 anos.

‘‘Troca de ideias é objetivo de seminário‘‘

De acordo com André Musskopf, a divulgação do estudo é uma das etapas do 2.º Seminário do Centro de Referência Social (Creas) de São Leopoldo, das 8 às 18 horas, na Antiga Sede da Unisinos. O tema do encontro é Vínculos como possibilidade de intervenção. A proposta é um diálogo entre psicologia, educação social, direito e serviço social e troca de experiências com outros Creas do Estado que estarão no encontro. ‘‘O estudo é a etapa fundamental para saber o que oferecer e como ajudar essas pessoas’’, destaca o secretário.

‘‘Aproximação gera confiança‘‘

O educador social e sociólogo, Binô Zwetsch, 26 anos, é um dos responsáveis pelo estudo. Diariamente ele tem contato com os moradores em situação de rua. ‘‘Como a maioria das pessoas não olha para eles, quando nos aproximamos (desde o início) para conversar, ganhamos a confiança. O questionário de 65 perguntas foi respondido durante as conversas. Das 102 pessoas identificadas como adultos em situação de rua, só dois não quiseram participar’’, conta Binô. Sobre as histórias de vida, o educador diz que são muitas. ‘‘O estudo não buscou a motivação que os colocou em situação de rua. A proposta é saber as expectativas e perspectivas para a elaboração das políticas.’’

Fonte: http://www.jornalvs.com.br/site/noticias/cidadesregiao,canal-8,ed-240,ct-572,cd-282606,midia-,gal-.htm

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Seminário debate vínculos nos serviços de assistência social

Notícias



O 2º Seminário do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) de São Leopoldo ocorre no próximo dia 17 de setembro, no auditório da Antiga Sede da Unisinos (Rua Brasil, 725, Centro). O tema do encontro será Vínculos como possibilidade de intervenção. A proposta é um diálogo entre psicologia, educação social, direito e serviço social, áreas do conhecimento presentes nos serviços do CREAS. O seminário servirá ainda para a troca de experiências com outros CREAS do estado e demais serviços da Secretaria Municipal de Assistência, Cidadania e Inclusão social (SACIS). Dentro da programação haverá também o lançamento e distribuição da publicação Contorno de Invisíveis, que apresenta o perfil e mapeamento da população adulta de rua de São Leopoldo. O material é fruto da pesquisa realizada pela equipe do Serviço Especializado de Abordagem Social, um dos quatro serviços de média complexidade executados pelo CREAS.

As inscrições para o seminário são gratuitas, porém limitadas, e podem ser realizadas até o próximo dia 10 através do email creas.sacis@saoleopoldo.rs.gov.br.

Abaixo, a programação do evento:

8h - credenciamento e distribuição do material
8h30 - café da manhã e boas vindas
9h - diálogo multiprofissional sobre vínculos com as seguintes debatedoras.

- Marília Filgueras Fischer Menezes ¿ Assistente social. Mestre em Ciências Sociais Aplicadas. Especialista em terapia familiar e psicologia social.

- Karine Santos - Educadora social. Mestre em Educação com estudos direcionados à Educação Social.

- Sonia Biehler da Rosa - Juíza de direito aposentada. Mestre em psicologia e especialista em direitos humanos.

- Maria Aparecida Silveira Brígido - Psicóloga Psicanalista. Especialista em psicologia clínica. Mestranda em toxicodependência e patologias psicossociais.

12h - encerramento das atividades da manhã
13h30 - apresentação de CREAS convidados
14h30 - troca de experiências sobre os serviços do CREAS:

Grupo 1. Vínculos do PAEFI com o Judiciário e Ministério Público

Grupo 2. Vínculos do SEAS com a Comunidade

Grupo 3. Vínculos do MSE com as demais Políticas Públicas

Grupo 4. Vínculos do PCDIF com as Famílias

16h - pausa para lanche
16h15 - encaminhamentos a partir dos trabalhos em grupo
17h15 - apresentação do Mapeamento e Perfil da População Adulta de Rua de São Leopoldo e lançamento da publicação Contorno de Invisíveis
18h - entrega dos certificados e da publicação (somente serão fornecidos certificados para aqueles que estiverem presentes até o final da atividade).



Fonte: https://www.saoleopoldo.rs.gov.br/home/show_page.asp?id_SHOW_noticia=7705&user=&id_CONTEUDO=&codID_CAT=2&imgCAT=tema_prefeitura.jpg&categoria=Not%EDcias

quinta-feira, 2 de setembro de 201016:00

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Vínculos a partir do olhar da Psicologia

Conforme havíamos antecipado, foi confirmada a participação de Maria Aparecida Silveira Brígido em nosso seminário. Elá é psicóloga (UNISINOS), psicanalista (Núcleo de Estudos Sigmund Freud), especialista em psicologia clínica (ULBRA). Atualmente, mestranda em toxicodependência e patologias psicossociais (Instituto Miguel Torga- Coimbra, Portugal).

Assim, completamos a "equipe multiprofissional" que conversará sobre vínculos na manhã do dia 17 de setembro, em nosso seminário. Desde já agradecemos às quatro profissionais que aceitaram o convite com a certeza de que contribuirão muito para as construções, desconstruções e reconstruções a partir de nosso encontro.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Vínculos a partir do olhar do Direito

Confirmada a presença de Sonia Biehler da Rosa em nosso seminário. Sônia é graduada em direito e em psicologia. Juíza de direito aposentada, possui mestrado em psicologia e especialização em direitos humanos. Também participou e trabalhou em organização da sociedade civil.

Sônia, assim como as profissionais da educação social e do serviço social, aceitou o desafio de participar de nossa "reunião de equipe" para dialogar sobre o tema dos vínculos dentro dos serviços previstos pelo SUAS. Temos também a confirmação da profissional da psicologia (em breve notícias!).

Aproveitamos para agradecer as mensagens que estamos recebendo das equipes de diversos CREAS do estado e também, pela receptividade que nosso seminário está tendo, traduzida no grande número de inscrições até o momento. Estamos ansiosos pelo encontro!!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Vínculos a partir do olhar do Serviço Social

Confirmada a presença da Assistente Social Marília Filgueras Fischer Menezes, CRESS 3512, especialista em terapia familiar (UFRGS), Psicologia Social (La Boca Argentina) e mestre em Ciências Sociais Aplicadas (UNISINOS). Militante há 26 anos na defesa dos direitos da criança e adolescente e hoje pelo direito a convivência familiar e comunitária.

Foi assistente social da PMPA, Canoas e FEBEM. Exerceu supervisão, coordenação e foi diretora técnica da FPE (antiga FEBEM) responsável pelo reordenamento institucional dos abrigos a nivel estadual em 2000. Pesquisa nos processos de institucionalização de crianças e adololescentes: reprodução histórica de modelos de atendimento. Exerceu docência universitária e presta assessoria/consultoria para a rede de proteção.

Ela é uma das profissionais que dialogarão sobre o Vínculo como possibilidade de Intervenção, tema central do II Seminário do CREAS SL.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

População de Rua em Brasília

O CREAS SL, através do SEAS - Serviço Especializado de Abordagem Social, apóia o Movimento Nacional da População de Rua. Nesta semana, o Educador Social Binô Zwetsch está em Brasília participando de manifestações deste Movimento, junto com Jardel, Dirce e Luis Carlos, representantes do movimento da população de rua de São Leopoldo.
Reproduzimos abaixo algumas notícias recentes...

"Mais de 200 representantes do Movimento dos Moradores de Rua foram nesta terça-feira (24) ao Palácio do Planalto, em Brasília, para reivindicar direitos nas áreas de moradia, trabalho e assistência social. Eles foram recebidos pela ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, pelo ministro da Secretaria de Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, e pelo chefe de gabinete do Presidente da República, Gilberto Carvalho.

O governo pretende avaliar a possibilidade de oferecer treinamento e trabalho aos moradores de rua no período da Copa do Mundo, para que eles possam, por exemplo, orientar os turistas que vierem ao Brasil. A ministra Márcia Lopes admite a situação difícil da população de rua, mas disse que o governo está mobilizado para melhorar a qualidade de vida deles. “Nós temos ainda muito preconceito, muitas posturas conservadoras que não sabem facilitar as políticas públicas para as pessoas, mas estamos mudando essa situação.”

Pesquisa feita pelo Ministério em 71 municípios com mais de 300 mil habitantes revelou a existência de 48 mil pessoas em situação de rua. “De posse dos números pudemos conversar e cobrar ações das prefeituras e governos estaduais”, disse Márcia Lopes. A ministra também destacou que a orientação do governo federal é para que toda a população de rua seja inserida no Cadastro Único dos Programas Sociais e possa receber os benefícios da assistência social.

Segundo a ministra, desde 2006, o Ministério tem repassado recursos para serviços de acolhimento de famílias em situação de risco. Na última expansão de serviços, foram definidas verbas para a implantação de 99 Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), preparados para atender os moradores de rua, inclusive com apoio psicológico. “É um espaço específico para o morador de rua reclamar, ser ouvido e buscar outras necessidades, seja de documentação ou orientação profissional.” Os moradores de rua foram os primeiros a conhecer o Palácio do Planalto depois da reforma. O prédio foi reaberto nesta terça-feira."

Fonte: http://www.mds.gov.br/saladeimprensa/noticias/2010/agosto/governo-expande-centros-de-referencia-para-atender-populacao-em-situacao-de-rua

Rede Brasil Atual: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidadania/palacio-do-planalto-abre-com-movimento-de-moradores-de-rua

Portal Fala Rua: http://www.falarua.org/index.php?display=journal&id=90

MNPR apresentam propostas para candidatos ao governo de São Paulo: http://www.centrovivo.org/node/835

IG - Moradores de rua reinauguram Palácio do Planalto: http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/moradores+de+rua+reinauguram+palacio+do+planalto/n1237759538775.html

CREAS Gravataí confirma Parceria

Acabamos de receber o email da Cláudia Winter, coordenadora do CREAS Gravataí, confirmando a parceria para o II Seminário CREAS SL. Este CREAS irá conduzir o Grupo de Trabalho 1, que terá como tema o vínculo entre Judiciário, Ministério Público e o PAEFI - Serviço de Proteção e Atendimento Especializado para Famílias e Indivíduos.

Estamos muito felizes com as confirmações e também com as inscrições que estão sendo feitas. Lembramos que as mesmas serão limitadas e que aqueles que o preenchimento das vagas nos Grupos de Trabalho será por ordem de inscrição. Por isso, não deixem para depois!

Abraços
Equipe Creas

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Notícias do Seminário

O CREAS de Novo Hamburgo será nosso parceiro no II Seminário CREAS SL e irá conduzir o Grupo de Trabalho 3, que terá como tema o vínculo entre o Serviço de Proteção Social a Adolescentes em cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC) e as demais Políticas Públicas.

Além disso, irá compartilhar um pouco de sua realidade, apresentando seus serviços, sua equipe, seu local de trabalho, suas metodologias de trabalho exitosas e seus principais desafios.

Estamos aguardando retorno do convite feito aos CREAS de Caxias do Sul, Gravataí e Canoas para os outros três grupos de trabalho. Aliás, ao realizarem a inscrição, não esqueçam de informar uma opção de Grupo de Trabalho, lembrando que:

Grupo 1. Vínculos do PAEFI com o Judiciário e Ministério Público
Grupo 2. Vínculos do SEAS com a Comunidade
Grupo 3. Vínculos do MSE com as demais Políticas Públicas
Grupo 4. Vínculos do PCDIF com as Famílias



Nessa edição estaremos distribuindo, além da Publicação "Contorno de Invisíveis" (Mapeamento e Perfil da População Adulta de/na Rua em SL), um cd com todas as apresentações deste e do seminário anterior... Aguardem!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

1° ANIVERSÁRIO SEAS/CREAS

O SEAS – Serviço Especializado de Abordagem Social está de aniversário este mês. Desde sua estruturação, há um ano, a equipe e o público atendido tiveram importantes e marcantes momentos:

- Atividades socioesportivas com o PELC – Programa de Esporte e Lazer na Cidade, na praça;
- Inclusão de pessoas em situação de rua em cursos profissionalizantes (SENAI/PRONASCI);

- Pesquisa quanti-qualitativa “Contorno de Invisíveis- Perfil e Mapeamento da População em Situação de Rua - São Leopoldo", com o lançamento da publicação para o dia 17 de Setembro de 2010, no II Seminário do CREAS-SL “Vínculos como Possibilidade de Intervenção”;
- Fórum Região Sul da População de Rua, Porto Alegre/RS, onde participaram duas pessoas que estavam em situação de rua, João e Wilson, atendidas pelo CREPAR e um Educador Social do SEAS. Apoiamos a presença da pessoa em situaçaõ de rua Luis Carlos no Seminário Região Sul da População de Rua, Curitiba/PR.
- Marcha Nacional do Movimento da População de Rua, que 24 de Agosto em Brasília. O SEAS está representado pelo Educador Social Binô Zwetch e a população adulta de rua está representada por Luís Carlos, Jardel e Dirce. Mais fotos no link: http://www.flickr.com/photos/mnpr/sets/72157624687552831/show/
- Seminário da População de Rua, que acontecerá nos dias 25 e 26 de Agosto, em Brasília, que também tem Binô como representante. http://www.falarua.org/

- Articulação e parcerias com os demais serviços da rede socioassistencial e outras políticas públicas.

Dia de Luta Anti-manicomial: na foto José, pessoa em situação de rua e usuário do Ambulatório AD, mostra seu talento de música para platéia atenta na Praça da Biblioteca.

O SEAS/CREAS , atendeu ao longo deste ano, mais de 100 pessoas em situação de rua. Dentre suas atividades o SEAS/CREAS faz busca ativa semanalmente, todas Sextas-feiras, atende demanda espontânea diariamente e acompanha e encaminha a pessoa em situação de rua e sua família . A equipe conta com 1 Assistente Social, 3 Educadores(as) Sociais, que trabalham diretamente neste serviço e com os demais profissionais do CREAS.
O SEAS/CREAS também é apoiador do Movimento da População de Rua de São Leopoldo.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Vínculos a partir do olhar da Educação Social

Confirmada a presença da Educadora Karine Santos em nosso Seminário. Karine é Educadora social, mestre em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos com estudos direcionados à Educação Social. Possui graduação em Pedagogia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Tem experiência na área de educação, atuando principalmente com os seguintes temas: Pedagogia Social, Educação não-formal, Criança e Adolescente, Direitos Humanos, Juventude e Formação de Educadores.Ela é uma das profissionais que dialogarão sobre o Vínculo como possibilidade de Intervenção, tema central do II Seminário do CREAS SL.

O que é vínculo? O que está por trás deste conceito? O que diferencia o vínculo pessoal do vínculo profissional? Para que estabelecemos vínculos? Porque é importante fortalecer vínculos familiares e comunitários? Como se fragilizam os vínculos? Como se potencializam os vínculos? Quando é hora de romper o vínculo? Como fazer isso de forma tranqüila? O vínculo se estabelece entre as pessoas ou entre pessoas e serviços?

Karine aceitou o convite para conversar sobre estas e outras questões comuns em nosso dia a dia, para respondê-las, para apresentar outras tantas, para dialogar com outros pontos de vista, para construir saberes conosco.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Inscrições Abertas

Estão abertas as inscrições para o II SEMINÁRIO CREAS SÃO LEOPOLDO - “Vínculo como Possibilidade de Intervenção”. A inscrição é gratuíta e pode ser realizada unicamente através do nosso email: creas.sacis@saoleopoldo.rs.gov.br até o dia 10 de setembro.

O Seminário acontecerá no dia 17 de setembro de 2010, das 08:00hs às 18:00hs, na Antiga Sede da Unisinos (Rua Brasil, 725 - Centro).

Programação:

08:00 - "Cadastramento": Credenciamento e distribuição do material
08:30 - "Acolhimento": Café da Manhã e Boas Vindas
09:00 - "Reunião de Equipe":Assistente Social, psicóloga, educadora social e advogada conversam sobre vínculos.
12:00 - "Encaminhamentos": Encerramento das Atividades da Manhã

13:30 - "Visitas Domiciliares": Apresentação de CREAS convidados
14:30 - "Grupos de Trabalho": Troca de experiências sobre os serviços do CREAS
16:00 - "Cafezinho": lanche coletivo
16:15 - "Estudo de Caso": Encaminhamentos a partir dos Trabalhos em Grupo
17:15 - "Relatório": Apresentação do Mapeamento e Perfil da População Adulta de Rua de São Leopoldo e Lançamento da Publicação Contorno de Invisíveis
18:00 - "Comprovante de Comparecimento" - Entrega dos certificados e da Publicação

OBS - Será fornecido certificado apenas para aqueles participantes que estiverem presentes nos dois turnos e que permanecerem até o final das atividades.

Em breve, mais informações...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Diálogo sobre Tipificação promovido pelo DAS

Hoje à tarde grande parte da equipe do CREAS esteve em Porto Alegre para participar do diálogo promovido pela Seção de Proteção Social Especial do Departamento de Assistência Social (Secretaria da Justiça e do Desenvolvimento Social do Rio Grande do Sul). Foi um momento importante, no qual tivemos a oportunidade de fazer trocas significativas a respeito da Tipificação de Serviços Socioassistenciais com com diversos CREAS da Região Metropolitana e Vale dos Sinos.

Nos trabalhos em grupo pudemos mais uma vez perceber que, apesar da diversidade das realidades de cada município, temos em comum muitos dos desafios para colocar em prática os serviços previstos pela Política Nacional de Assistência Social. Entre eles, lidar com o fato da NOB RH ter previsto uma equipe mínima insuficiente para executar os serviços de Média Complexidade conforme previsto na Tipificação.

Ainda assim, segundo Silvana Koller (Coordenadora do DAS), especialmente quando comparados aos de outros estados brasileiros, os CREAS do RS estão sendo implementados de forma bastante satisfatória e executando serviços já bem próximos daquilo que a tipificação aponta como diretriz.

Ao final da tarde, quando sistematizados os trabalhos desenvolvidos durante a manhã, ficou evidente o amadurecimeto das discussões feitas pelo grupo (que já havia se encontrado algumas vezes no ano passado. Além disso, chamou atenção a necessidade e importância do profissional do direito assessorando as equipes, identificadas por diversos CREAS.

Saímos do encontro com mais perguntas do que respostas e, com certeza, valeu a pena. As inquietações promovem reflexão. Os estranhamentos apontam a necessidade de mudanças no cotidiano. Os confrontos permitem avaliar os serviços que estamos oferecendo aos usuários e qualificá-los sempre mais.

É...Temos bastante trabalho pela frente!



PS: Nosso colega Binô também participou do encontro mas, no momento da foto, tinha ido à São Leopoldo buscar o material de divulgação do II Seminário do CREAS. A Márcia, que também participou, ainda não havia chegado.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

CREAS no Encontro de Trabalhadores/as da SACIS

No último dia 6 a Equipe do CREAS participou do Encontro de Trabalhadores/as da SACIS. A equipe da Diretoria de Planejamento e Gestão Estratégica (DPGE), responsável pela organização dos Encontros, aceitou a sugestão da nossa colega Adriana (psicóloga do CREAS) e decidiu trabalhar com a temática “O que nos alimenta?”

"Integração e convivência inspiram o compartilhar daquilo que, em nosso trabalho diário, muitas vezes passa despercebido, por nossos/as colegas próximos e, principalmente, por aqueles/as com os/as quais não convivemos cotidianamente. Por isso, queremos nesse encontro “comemorar” aquelas situações e questões que nos “alimentam”, que nos dão energia para seguirmos trabalhando e lutando pelo atendimento das necessidades dos/as usuários/as da Assistência Social, pela construção de processos emancipatórios e pela efetivação da cidadania – palavras e conceitos bonitos, mas também fundamentais e palpáveis no cotidiano do nosso trabalho" André Musskopf - Diretor DPGE

As equipes foram convidadas a “compartilhar” questões relacionadas com o seu cotidiano de trabalho e que “alimentam” a sua prática e tiveram 15 minutos para apresentar essas situações da forma que escolheram. Nesta ocasião foi possível conhecermos melhor nossos/as colegas, as diversas unidades da Secretaria e o trabalho realizado em cada uma delas.


O que alimenta o CREAS?

O comprometimento da Equipe
A possibilidade de experimentar
O respeito pelos diferentes pontos de vista
As pequenas grandes conquistas
A constante vontade de aprender
A possibilidade de expressar a criatividade
Os momentos de descontração
A produção de conhecimento
O afeto entre as pessoas
Os momentos de troca

A vontade de transformar a realidade!!!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

2º Seminário CREAS São Leopoldo

Desde o início do mês nossa equipe tem dedicado algumas horas, no meio da correria habitual, para pensar na segunda edição do Seminário do CREAS SL. Ano passado, nossa proposta foi apresentar os serviços do CREAS para a rede do município e, também, para os municípios da região. Além disso, queríamos que fosse um momento de capacitação sobre os temas relacionados a cada serviço que executamos. Assim, organizamos palestras e oficinas sobre violência sexual, medidas socioeducativas em meio aberto, violação dos direitos dos idosos e pessoas com deficiência, bem como, sobre pessoas em situação de rua.

Este ano, pensamos em abordar um tema que fosse comum a todos os serviços do CREAS (PAEFI, SEAS, MS e PCDIF) e que, ao mesmo tempo, fosse interessante para outros serviços da rede. Debatemos as diversas possibilidades, revisitamos as fichas de avaliação do primeiro seminário e optamos pelo tema do “vínculo como possibilidade de intervenção”. Pensando também em nosso trabalho interdisciplinar, planejamos trazer o olhar do serviço social, da psicologia e da educação social para este diálogo.

Além disso, buscando “fortalecer os vínculos” com os outros CREAS, iremos convidar alguns parceiros para apresentarem suas experiências de trabalho e conduzirem as atividades em grupo. Nossa proposta é de, nestes grupos, refletirmos sobre os vínculos dos nossos serviços com o Judiciário e Ministério Público (PAEFI), com as demandas da sociedade (SEAS), com as demais políticas públicas (MS) e com as famílias (PCDIF).

Assim como no ano passado lançamos e distribuímos em nosso seminário a cartilha de prevenção ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes “Vamos quebrar o muro do silêncio”, este ano iremos fazer o lançamento e distribuição da publicação “Perfil e Mapeamento da População Adulta de Rua de São Leopoldo, fruto da pesquisa realizada pela equipe que trabalha no CREAS/SEAS.

Estamos sonhando, planejando, organizando e dando os primeiros passos para que este encontro seja possível em setembro. Em breve, mais informações sobre os convidados e a programação completa.

Até!

domingo, 25 de julho de 2010

Cartilha de prevenção ao abuso e exploração sexual do CREAS no cidadania.com



O Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS) de São Leopoldo em parceria com o Projeto Social Cidadania.com, está disponibilizando on-line, no Blog do Cidadania.com, a Cartilha de prevenção ao abuso e exploração sexual: “Vamos quebrar o muro do silêncio”, tendo como objetivo ampliar a divulgação da mesma e possibilitar que um maior número de pessoas tenham acesso a este material, atingindo assim, o fim para o qual foi elaborada. Para ter acesso, basta acessar aqui!!


O Cidadania.com é um guia online disponibilizado à comunidade de São Leopoldo sobre as organizações, serviços e direitos de cidadania oferecidos na cidade. Trata-se de uma ferramenta de informação que possibilita o acesso e o controle das políticas sociais municipais pela população e pelas organizações.

Postado originalmente em: http://unisinos.br/blog/cidadania/2010/07/19/cartilha-de-prevencao-ao-abuso-e-exploracao-sexual-vamos-quebrar-o-muro-do-silencio/

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Dia de Luta Antimanicomial

No dia 25 de maio desse ano, nós da SACIS (Jean Carlo e Binô do CREAS/SEAS, Elissandra da DPGE) prestigiamos a programação do CAPS Capilé para lembrar o 18 de maio, Dia Nacional da Luta Antimanicomial.

No evento realizado na Praça da Biblioteca conferimos apresentação de dança dos usuários do Caps Capilé, de teatro sobre psicóloga discípula do analista de Bagé e de música com José, em situação de rua, usuário do CREPAR e do Ambulatório AD.

“Mas para quem tem pensamento forte o impossível é só questão de opinião e disso só os loucos sabem...” (Banda Charlie Brown Jr.)

Continuemos na luta pela reforma psiquiátrica e antimanicomial!

Só Os Loucos Sabem
Charlie Brown Jr.
Agora eu sei exatamente o que fazer
Bom recomeçar poder contar com você
Pois eu me lembro de tudo irmão, eu estava lá também
Um homem quando está em paz não quer guerra com ninguém
Eu segurei minhas lágrimas, pois não queria demonstrar a emoção
Já que estava ali só pra observar e aprender um pouco mais sobre a percepção
Eles dizem que é impossível encontrar o amor sem perder a razão
Mas pra quem tem pensamento forte o impossível é só questão de opinião
E disso os loucos sabem
Só os loucos sabem
Disso os loucos sabem
Só os loucos sabem
Toda positividade eu desejo a você
pois precisamos disso nos dias de luta
O medo cega os nossos sonhos
O medo cega os nossos sonhos
Menina linda eu quero morar na sua rua
Você deixou saudade
Você deixou saudade
Quero te ver outra vez
Quero te ver outra vez
Você deixou saudade
Agora eu sei exatamente o que fazer
Bom recomeçar poder contar com você
Pois eu me lembro de tudo irmão, eu estava lá também
Um homem quando esta em paz não quer guerra com ninguém

segunda-feira, 10 de maio de 2010

CREAS em atividades do 18 de maio


Capacitação sobre a Cartilha de Prevenção

Integrando a programação relativa ao dia 18 de maio – Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, e com o objetivo de ampliar o debate e conscientização sobre a temática, a SACIS e a SMED em parceria estarão promovendo uma capacitação sobre a cartilha de prevenção "vamos quebrar o muro do silêncio" produzida pelo CREAS e entregue em a todas as escolas da rede municipal e conveniadas.
Convidamos a comunidade escolar para participar desta atividade, indicando um (a) representante do corpo docente que possa ser multiplicador (a) em seu espaço escolar, até o dia 10/05/2010 através do email creas.sacis@saoleopoldo.rs.gov.br ou através do telefone 3568.7710 (com Jéssica).
Ao fazer a inscrição o (a) representante da escola deverá informar a opção de horário, sendo que serão ocupadas as vagas por ordem de inscrição (40 manhã / 40 tarde).

Data: 17 de maio de 2010.
Local: Câmara Municipal
Horário: 08:30 às 12:00 ou 13:30 às 17:00


VI ENCONTRO MUNICIPAL DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E SEXUAL CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTE

8h30min. Credenciamento

Mesa Redonda: Qual o papel do seu serviço no enfrentamento da violência sexual contra criança e adolescente?

Participantes da mesa: Juizado Infância e da Juventude; Promotoria da Infância e da Juventude; 3 Delegacias de Polícia; Defensoria Pública; Vara Criminal

12h Intervalo

13h 30min. Lançamento do Plano Municipal 2010-2012

Mesa Redonda: O que foi possível cumprir com referência às ações assumidas no Termo de Compromisso de 2009? Justifique.

Participantes da mesa: Responsáveis pelo Termo de Compromisso de 2009

Sociedade civil, representada por entidades não- governamentais participantes da Rede Municipal de Enfrentamento da Violência contra Crianças e Adolescentes e pelo Fórum DCA Municipal; Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente; Secretaria Municipal de Assistência Social, Cidadania e Inclusão Social (SACIS); Secretaria Municipal da Saúde (SEMSAD); Secretaria Municipal de Segurança (SEMUSP); Secretaria Municipal de Educação (SMED); Secretaria Municipal da Mulher; Secretaria Municipal de Cultura; Conselhos Tutelares, Conselho de Direitos (COMDEDICA) e de Assistência Social (CMAS); GGI (Grupo de Gestão Integrada); Promotoria da Infância e Juventude de São Leopoldo.

Data: 18 de maio de 2010
Local: Auditório do Ministério Público (Av. Unisinos, 89 – São Leopoldo)
Realização: Rede Municipal de Enfrentamento da Violência Doméstica, Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes/SL.
Apoio:COMDEDICA - Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente

sexta-feira, 16 de abril de 2010

CREAS no Encontro Regional para Integração do SUAS/SINASE



Curitiba – PR / Data: 06, 07 e 08 de abril de 2010.

Na semana passada, representantes da equipe do CREAS / Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medidas Socioeducativas de Liberdade Assistida e de Prestação de Serviço à Comunidade, nos Centros de Referência Especializado de Assistência Social participaram do Encontro Regional para Integração do SUAS/SINASE.
Este encontro aconteceu com o objetivo de fortalecer a articulação entre os sistemas estaduais, distrital e municipais, a Secretaria Nacional de Direitos Humanos e o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome em parceria com a Cruz Vermelha Brasileira – Filial Maranhão.
Os mesmos estão realizando nas 05 regiões do país, com vista à sensibilização e articulação dos gestores e conselheiros estaduais, municipais dos direitos da criança e do adolescente e da assistência social, na perspectiva aprofundar a discussão do modelo de gestão/execução das medias socioeducativas em meio aberto de LA e PSC.
A convite da organização do evento, a equipe de São Leopoldo apresentou o serviço que vêm sendo desenvolvido atualmente pelo CREAS aos 58 municípios (186 representantes dos três estados participantes), que neste encontro estavam discutindo a consolidação da municipalização das medidas socioeducativas em meio aberto no âmbito do SUAS.
A experiência do município foi bastante elogiada e percebida de maneira positiva pelos participantes, especialmente pelas metodologias utilizadas e pela significativa redução de adolescentes em medidas restritivas de liberdade desde a municipalização, em 2005.
Nestes três dias, muitas informações foram trocadas, muitos vínculos tiveram início, outros foram fortalecidos, e o enriquecimento da equipe para continuar aperfeiçoando o serviço é indiscutível. Como grandes desafios percebem-se a efetivação da transversalidade desta política pública (SINASE) e o debate do tema com a comunidade.

Participantes:
Binô Zwetch – Educador Social, Jean Cardoso – Educador Social e Alessandra Miron – Diretora CREAS.

terça-feira, 23 de março de 2010

“Hoje é dia de alegria”


Com sol, céu azul e areia seca, primeira atividade abriu a programação esportiva e de lazer para população em situação de rua e comunidade leopoldense. Cerca de 30 pessoas participaram de futebol e de promoção da cidadania realizada na Praça Gen. Daltro F°, conhecida como Praça dos Brinquedos, na sexta-feira (19/03/10), realizada através de parceria entre Programa de Esporte Lazer e Cultura (PELC) e o Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS).

“Hoje é dia de alegria”, disse Jeferson Felipe dos Santos, antes do jogo começar. Sob orientação do oficineiro Fernando (PELC), participaram usuários e equipe do CREPAR (Centro de Referência Especializado da População Adulta de/na Rua), equipe de abordagem do SEAS, moradores de rua e adolescentes da comunidade. Jogamos futebol distribuídos em dois times de oito integrantes, durante duas horas suadas, no campo de areia da praça. Também tivemos o apoio de Jorge Garcia, da Secretaria Municipal de Esportes, que disponibilizou coletes coloridos para os times.

Da arquibancada, a torcida participou ativamente: animou o jogo aos gritos, deu risadas com os jogadores “bola murcha”, tirou fotos e serviu refrigerantes comprados com “vaquinha” dos jogadores.

Agradecemos muito a participação de todos e todas sem a qual o jogo não seria um sucesso!

Informe: Binô Zwetsch, Educador Social

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Encontros e Despedidas




2010 começou assim, cheio de mudanças. Mudanças que, todos desejamos, tenham acontecido para que as pessoas evoluam e ocupem lugares cada vez melhores, para que a gente amadureça enquanto equipe e para que os serviços se qualifiquem sempre mais.

Assim, hoje a DPSE realizou o primeiro dia de cuidado ao cuidador deste ano. As equipes da Média e da Alta Complexidade se reuniram para um almoço no Parque Imperatriz buscando, com alguns momentos de descontração e lazer, renovar a energia para continuar trabalhando frente as dificuldades diárias da população atendida pelos nossos serviços.

Esse momento de encontro foi também de despedida, pois a Sandra está deixando a Diretoria de Proteção Social Especial. Ficam, entretanto, as sementes plantadas ao longo de 2009. Este, um ano difícil no qual, apesar das muitas crises,tivemos muitas ações incentivadas, realizadas e apoiadas pela Diretoria. Os frutos, ainda poderemos colher em 2010. À Sandra, muito obrigada! Sorte e sucesso em seu novo caminho.

À Odete, as boas vindas, a acolhida, o respeito, a expectativa e o desejo de o CREAS continue tendo desta Diretoria o respaldo necessário para um bom trabalho e a confiança para ousar em busca dos melhores resultados para os usuários dos serviços.

Alessandra - Coordenadora CREAS



ENCONTROS E DESPEDIDAS

Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço, venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero

Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim, chegar e partir

São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também de despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida

Composição: M. Nascimento E F. Brant